Empresas e grandes proprietários (egoístas como sempre) ganham fortunas enquanto o povo continua na miséria e a região sem investimento público. A criação de Carajás pode significar que estes grupos gananciosos e egoistas continuem no poder mantendo a radical desigualdade existente e o dinheiro só para eles, sem ter que divivir com as outras regiões do estado do Pará.
10/12/2011 - 06h00
Do UOL Notícias, em Marabá (PA)
A possível divisão do Estado do Pará em três novas unidades cortaria pelo menos sete terras indígenas situadas na porção central do Estado. Tomando por base o mapa da Funai (Fundação Nacional do Índio), as divisas dos novos Estados passariam por cima das terras Kayapó, Menkragnoti, Apyterewa, Araweté, Trincheira Bacajá, Koatinemo e Ituna-Itatá.
Segundo Marcos Antonio Reis, 35, coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Pará e Amapá, na região de Carajás todos os povos indígenas são favoráveis à divisão, exceto os Akarãtika-Tejê, conhecidos como Gavião da Montanha. A etnia divide a reserva Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, com outros dois povos, o Gavião Kyikatejê e o Gavião Paraketejê.
“Os Akarãtika-Tejê perderam todas as suas terras por conta da Hidrelétrica de Tucuruí na década de 70. Atualmente, travam uma luta política contra a Eletronorte para que não seja construída a hidrelétrica de Marabá e são contra a duplicação da ferrovia da Vale (Estrada de Ferro Carajás), que corta a reserva delas. Eles acham que a divisão obecede a interesses de mineradoras e políticos aliados delas e, por isso, são contra”, diz Reis.
Caso a divisão ocorra, o Estado do Carajás terá 36,4% do território ocupado por terras indígenas e áreas de proteção ambiental. Em Tapajós, o percentual sobe para 73,5%. Na avaliação do Cimi, a divisão do Pará incentivaria os produtores rurais e mineradoras a avançar sobre estas áreas, além de dificultar a demarcação de novas terras. Há, na região de Carajás, pelo menos 15 processos envolvendo a demarcação de reservas.
Divisão do Pará cortará sete terras indígenas; entidade vê ameaça a povos
Guilherme BalzaDo UOL Notícias, em Marabá (PA)
- Mapa do Pará com as terras indígenas
Segundo Marcos Antonio Reis, 35, coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Pará e Amapá, na região de Carajás todos os povos indígenas são favoráveis à divisão, exceto os Akarãtika-Tejê, conhecidos como Gavião da Montanha. A etnia divide a reserva Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, com outros dois povos, o Gavião Kyikatejê e o Gavião Paraketejê.
Foto 98 de 108 - Belém - Ponto de embarque e desembarque de pescadores na baía de Guajará; local está tomado por lixo e urubus Mais Carlos Madeiro/UOL
Caso a divisão ocorra, o Estado do Carajás terá 36,4% do território ocupado por terras indígenas e áreas de proteção ambiental. Em Tapajós, o percentual sobe para 73,5%. Na avaliação do Cimi, a divisão do Pará incentivaria os produtores rurais e mineradoras a avançar sobre estas áreas, além de dificultar a demarcação de novas terras. Há, na região de Carajás, pelo menos 15 processos envolvendo a demarcação de reservas.
Sabia que em 1709 o Brasil era dividido em apenas sete Estados?
Veja mais
-
10.12 | 12:01
Tapajós usa até civilização antiga da área para defender separação do Pará
Os paraenses vão às urnas neste domingo (11) para opinar sobre a divisão do Estado em três partes, criando as dua...
-
10.12 | 12:00
Plebiscito sobre divisão do Pará acontece neste domingo; entenda
Os eleitores do Pará vão às urnas neste domingo (11) para opinar sobre a divisão do Estado em três partes. Os 4,8...
-
09.12 | 19:23
Rejeição à divisão do Pará se mantém acima de 60%, diz Datafolha
-
09.12 | 17:33
Plebiscito pela criação de 2 Estados divide paraenses
Por Patrícia Monteiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário