“PUTA” PROFISSIONAL
Vilma Fazitto e sua mãe, a saudosa D. Luiza, foram à residência de Hélia Ventura e Helos Porfírio, onde foi servido lauto banquete, com pratos da própria Hélia. Encantada, Vilma diz para a mãe, referindo-se à colega jornalista:
— Mamãe, a Hélia, além de excelente cozinheira, é uma “puta” profissional!
Assustada, D. Luiza pergunta à filha:
— E o marido deixa?
Hélia entra no papo, tentando ajudar, e diz a D. Luiza:
— Eu não sou puta, não, D. Luíza, sou é profissional pra caralho.
Coitada de D. Luiza, quase teve um troço.
IMAGENS INDELÉVEIS
Nossas vivências se cravam em nossos cérebros, o mais perfeito computador já criado. Interessante notar que as realidades que mais nos tocaram, sempre retornam, sob a forma de imagens. Nunca vão para a lixeira e nunca são excluídas. Algumas das minhas são:
1 – Tone Abreu comendo uma feijoada;
2 – Dácio Cabeludo saboreando um pequi;
3 – Wilson Athayde tomando um cafezinho;
4 – Os ternos de João Chaves;
5 – As gravatas borboletas de Dr. Alpheu;
6 – O farto sorriso de JK;
7 – O cigarrinho de palha de Renato Azeredo;
8 – A negritude resplandecente de Georgino;
9 – Telé cantando “Boa Noite, Amor”;
10 – Henrique Chaves tomando um “clime” (uísque);
11 – O Jeep 54 de Biô Maia;
12 – Vovô Donato tocando violão;
13 – Padre Dudu fumando um Luiz XV;
14 – A serenidade de Godofredo Guedes;
15 – Os coques de Monsenhor Gustavo;
16 – Os sapatos marrons de Bernardo Kaufman;
17 – Os Impalas de Walduck Wanderley;
18 – A roupa encardida de Lambreta;
19 – A barba rala de Geraldo Tatu;
20 – O gol de Reinaldo contra o Fluminense;
21 – O chute de Zizinho (Bangu) que Veludo (Fluminense) defendeu;
22 – O queixo de irmã Eloína;
23 – O topete de Bob Kennedy;
24 – O Fordinho de João Botelho;
25 – O bigodão de Haroldinho;
26 – O andar de vó Zizinha;
27 – As unhas grossas de Nonô (meu pai);
28 – Os cambaleios de “Bem-Pau-Veio”;
29 – Os bíceps de Comprade Sebastião Lucas e,
30 – Os sapatos empoeirados de tio Augusto Getúlio.
RESPEITEM OS PINTOS E PERERECAS MORTOS!
Acabei de ler, no “Hoje em Dia”, que Mimi Fahnestock admitiu ontem ser a estagiária da Casa Branca que manteve uma relação com o presidente John F. Kennedy, em 1962, quando tinha 19 anos. “É tudo verdade”, admitiu a mulher, que agora trabalha como administradora de uma igreja presbiteriana em Nova Iorque. “Eu era muito jovem, tinha 19 anos, e se tratava de meu primeiro trabalho”, disse. A relação foi revelada no livro do historiador Robert Dallek, sobre JFK, intitulado “Uma vida inconclusa”. “Ela não sabia fazer nada, mas participava de todas as viagens do presidente. Havia uma relação especial”, contou uma ex-colega.
Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963 e a estagiária esperou quatro décadas para contar que transou com ele uma única vez?!?!? E ainda por cima revelou ser uma mulher sem atrativos. Óbvio que se ele tivesse gostado e ela permitisse, teriam transado mais vezes.
Nunca vi mulher nenhuma revelar que mantivera relação sexual com Manoel Quatrocentos (feliz e alegre lenhador de Montes Claros), com Pulucero dos Anjos (escriturário do Palácio da Liberdade), com Arnóbio Simplício (Chefe dos Lixeiros da Municipalidade) ou com Pedro Alves (leão-de-chácara e famoso porteiro do randevu da Zezé). Elas só contam ao público se o morto se tornar nacional ou internacionalmente famoso. Duvido que velho Pablo Picasso tenha comido todas as mulheres que disseram ter transado com ele.
Imaginaram se as estagiárias do planeta resolverem tornar públicas suas relações sexuais? Haja folhas de jornal! Quantas conseguiram estágios não pela competência, mas pelos esculturais corpos e gostosos xibius? Já que não estão respeitando mais os pintos dos vivos, respeitem pelo menos os dos mortos. Além do mais, o que essa generalizada fornicação tem a ver com a História da Humanidade??? Depois que Adão comeu Eva, ou Eva deu pra Adão, ou um comeu o outro, tá todo mundo comendo todo mundo mesmo!? E o “trem é bão dimuais”!?
Por isso fica lançada a “Campanha Internacional pelo respeito aos pintos e pererecas mortos”, com o slogan “Mulheres e homens do mundo, trepem e segredem”. E que não me venham dizer que esse movimento cultural é machista, pelo amor de Deus. Ao contrário, ele tem por objetivo o respeito à dignidade das mulheres e homens, tanto das(dos) que deram por livre e espontânea vontade, quanto das(dos) que deram premidas(dos) por circunstâncias existenciais. E que não me apareçam homens dizendo que já comeram famosas pererecas mortas...
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