nos propõe uma reflexão sobre distanciamento e estranhamento. O distanciamento como forma de se afastar do fato para poder enxergar melhor é uma técnica importante para a compreensão, mas, de outra forma, é também uma forma de não se envolver, não sentir. O distanciamento não precisa ser só fisico, geografico, ele também é mental, psicológico, cutltural. Sobre o tema sugiro uma leitura gostosa, de grande qualidade, e rápida, do genial escritor português Eça de Queiroz ( http://pt.wikipedia.org/wiki/E%C3%A7a_de_Queir%C3%B3s ). Alias fica a recomendação do autor. Podem ler tudo dele. Mas pra começar fica o conto "O Mandarin". Simplesmente genial e não vai exigir muito tempo do leitor. O tema central é distanciamento.
O tema "distanciamento" é tratado no filme que aborda a mesma temática do livro. Aliás fica um indagação: no filme norteamericano não há menção ao livro de Eça de Queiroz mas a um outro autor daquele país. Me parece plágio. O livro acima é muito melhor do que o filme, mas mesmo assim vale conferir. É bem feito e provocativo. Aproveitem para conferir se houve plágio.
Finalmente recomendo a leitura do Carlo Ginsburg. Além da temática do distanciamento o autor traz importante reflexão sobre o estranhamento. A arte, com a sua capacidade de distorcer a realidade, de representar a realidade de forma estranha, pode nos tirar do movimento automático da vida diária e nos permitir um pausa para reflexão, ao nos provocar um estranhamento. Esta representação distorcida, provocante, estranha, da realidade, pode assim nos permitir enxergar o que esta escondido por detrás das das representações diárias nas mais diversas relações de poder. Vale muito conferir. É revelador.
O livro: Olhos de Madeira, Carlo Ginsburg, Companhia das Letras, São Paulo
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