“IN GOLD THEY TRUST”
Virgílio de Mattos
Quase
ia deixando passar batido, como dizem
os presos, a visita da “blogueira”, agente indisfarçada da Central Intelligence Agency, a provocadora Yoani Sánchez. Mas não
consigo.
É simples entender os
porquês. Essa mulher vem recomendada pela Rede Globo, Revista Veja, jornal O
Estado de São Paulo e outros da mesma laia e chafurdados na mesma lama,
obviamente, assim como aqueles que a glorificam como “trabalhadora por conta
própria”, “técnica de reparos em
computadores” e etc., que são os mesmos que fazem o serviço sujo da defesa do
capital contra os trabalhadores. Obviamente, de novo, pagos por alguém.
In gold they trust, ou seja: no ouro eles confiam. Dizem que
confiam em deus, como a inscrição nas notas de dólares estadunidenses, mas
particularmente tenho minhas dúvidas, embora conheça muitíssimos que confiam no
ouro e em deus, ou que ganham a vida vendendo deus, mas isso deve ficar
restrito à crítica ferina que faz o Frei Gilvander, que é a autoridade maior
que conheço em deus e exegese bíblica.
Voltemos à lama. Essa
senhora, vendida como mártir da democracia, pelos seus patrões midiáticos, quer
fazer o povo brasileiro de trouxa. Parece que tem conseguido.
Como é que uma pessoa, em
qualquer lugar do planeta, trabalhando como autônoma “datilógrafa” e “técnica
em reparos de computadores”, já que “não a deixam exercer o cargo de filóloga”,
cuja formação foi custeada pelos “bárbaros monstros comunistas” que ela tanto
ataca, consegue dinheiro para uma viagem Cuba-Brasil-Cuba (só aí estamos
falando de alguma coisa próxima a USD$2.000,00, ou um pouco mais de
R$4.000,00)? Financiada por alguém, de novo é óbvio. Mas esse financiamento é
de alguma instituição de ensino superior? Foi feito pelo Sindicato dos
Jornalistas? Não, parece que o dinheiro vem de outro lugar... É preciso seguir
o dinheiro.
Daqui, dizem seus defensores da grande mídia
(os “liberais” donos dos maiores – e mais conservadores! – jornais, revistas e
TV’s) ela irá pra España, Suécia, Suíça, Itália, Peru, EUA - Miami of course, dando início a um
périplo por doze países no total em 90 dias. Se não gastar um kilo (a menor moeda cubana que não tem
representação em Real) com comida, hospedagem e transporte só de passagens
quanto gastaria? Quem financia essa farra?
Mas quem é essa
“respeitável senhora”, “lutadora pela liberdade de imprensa e pelos direitos
humanos”?
Sra. Sánchez já morou fora
de Cuba, que tanto ataca, quando emigrou para a Suíça em 2002, casou com um
alemão e por ali ficou por dois anos, viajando bastante, notadamente para
Alemanha (nenhum problema, foi visitar os familiares do marido talvez) e para a
España, onde encontrou-se com seu mentor, o terrorista Carlos Alberto Montener,
fugitivo da justiça por sua participação no atentado contra a loja “El
Encanto”, além de outros. É ligado à CIA desde a década de 1960 e principal
recebedor, para dizermos de modo elegante, dos dólares estadunidenses para a
criação de um projeto de “atração de dissidentes”.
O patético é esta
recriação de guerra fria, só que pelos antigos patrocinadores de sempre. O
cruel é que sob a capa de “liberdade de imprensa” em Honduras (cujo golpe a
bloguera apoiou, obviamente por determinação de seus patrões estadunidenses,
felicitando ao ditador Micheletti pelo golpe de estado), ainda se diga que
inexistem liberdades em Cuba.
O furo de reportagem deste
blog é que a verdadeira nacionalidade de Yone Sánchez é outra: ela é paraguaya!
Revejam o “milagre” da
multiplicação dos blogs, acessem e descubram quem é que paga a conta.
Na dúvida, sigam o
dinheiro, é o que sempre sugerem os pesquisadores. Nesse caso eu acredito que
nem precise.
Ia dizendo: pra que
importar barangas, se já temos tantas, mas poderia soar constrangedor. Essa
senhora poderia nos favorecer com sua ausência, aqui não é bem-vinda, embora o
P.I.G., partido da imprensa golpista, quer que você pense o contrário. Xô
satanás, xô baranga!
Não deixe de dar uma olhada:
http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2012/03/05/investigacao-descobre-fraude-da-blogueira-cubana-yoani-sanchez/
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