1658- Direito ao Esquecimento: Entrevista com o professor José Luiz Quadros de Magalhães na TV ALEMG
https://www.almg.gov.br/acompanhe/tv_assembleia/videos/index.html?idVideo=1218184&cat=91
Um espaço para pensar e discutir política, direito, arte e qualquer outro assunto que nos permita buscar desocultar o que querem insistentemente esconder.
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
1657- Novos programas Controvérsia
Novos Programas Controvérsia da Rádio Sinpro com o professor José Luiz Quadros de Magalhães:
1- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/cinema-em-controversia-serie-black-mirror/
2- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-rejeicao-a-visita-de-bolsonaro-na-fumec/
3- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/cinema-em-controversia-aquarius/
4- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/cinema-em-controversia-sombras-de-goya/
5- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-guerra-ideologica-2/
6- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/cinema-em-controversia-retratos-da-vida/
7- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-o-respeito-a-diversidade/
1- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/cinema-em-controversia-serie-black-mirror/
2- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-rejeicao-a-visita-de-bolsonaro-na-fumec/
3- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/cinema-em-controversia-aquarius/
4- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/cinema-em-controversia-sombras-de-goya/
5- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-guerra-ideologica-2/
6- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/cinema-em-controversia-retratos-da-vida/
7- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-o-respeito-a-diversidade/
sábado, 23 de setembro de 2017
1656- Palestra sobre o Novo constitucionalismo democrático latino americano
Palestra do Professor José Luiz Quadros de Magalhães sobre o Novo constitucionalismo democrático Latino-americano:
1655- Contraponto Cinema: Black Mirror
Programa Contraponto Cinema da TV Comunitária de Belo Horizonte:
"Black Mirror" - Queda livre:
https://www.youtube.com/watch?v=DaZt4xnDg0A
"Black Mirror": Toda a sua história:
https://www.youtube.com/watch?v=5BE72ZFns9w
"Black Mirror":Quinze milhões de créditos:
https://www.youtube.com/watch?v=jCb-JlmWqk0
https://www.youtube.com/watch?v=DaZt4xnDg0A
"Black Mirror": Toda a sua história:
https://www.youtube.com/watch?v=5BE72ZFns9w
"Black Mirror":Quinze milhões de créditos:
https://www.youtube.com/watch?v=jCb-JlmWqk0
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Wokshop Poverty a By-product or a Building Block of Prosperity? Trends in Economic Development form Brazil and the United Kingdon
Workshop Poverty a By-Product or a Building Block of Prosperity? Trends in Economic Development from Brazil and the United Kingdom
Nos
dias 21 a 24 de agosto de 2017, o Programa de Pós-graduação em Direito da
PUC Minas por iniciativa de seu Núcleo Jurídico de Políticas Públicas, em
especial dos professores José Luiz Quadros de Magalhães e Marinella
Machado Araújo, em parceria com a Queens University - Belfast Law
School, por intermédio de seu professor Mohsen Al Attar, receberá um
grupo de 30 acadêmicos do Brasil e do Reino Unido para a realização
de 04 dias de workshop com o objetivo de discutir o papel
de criação de riquezas desempenhado pelo Estado Social no Sul
Global. A hipótese central do workshop é que as disparidades de renda e de
consumo não são efeitos colaterais, mas os pilares da ordem econômica
contemporânea. Trata-se de oportunidade única para o intercâmbio de ideias
e de debate sobre descolonização de teorias jurídicas frequentemente
adotadas na América Latina.
O workshop, que será realizado em inglês, é
financiado com recursos do Programa Researcher Links do British
Council e cobrirá todas as despesas de 15 participantes
brasileiros, professores recém-doutores ou doutorandos em
fase final de elaboração de tese, que estejam vinculados a
instituições acadêmicas brasileiras. Para mais informações sobre
o processo de seleção, favor consultar o link: https://www.britishcouncil.org/poverty-product-or-building-block-prosperity. O prazo final de inscrição é 15.05.2017 e
os formulários devem ser enviados para o e-mail do coordenador
brasileiro.
sexta-feira, 14 de abril de 2017
segunda-feira, 10 de abril de 2017
1653- Programa Radiografia sobre a crise no Brasil
Programa Radiografia da Rádio Inconfidência sobre a crise brasileira:
1652- A espuma dos dias e About time: sobre o tempo, de novo
A Espuma dos
Dias (About time)
José Luiz
Quadros de Magalhães
A leveza é possível.
Embora todo o mundo moderno, todos
os impulsos da sociedade de ultra consumo, toda a ordem do supereu percebido
por Lacan (ao contrário do supereu da renúncia do tempo de Freud), que nos
ordena curtir sem cessar, é possível ser leve. Mas é preciso, antes descobrir a
importância da leveza. O que é ser leve? Porque a leveza parece impossível?
Talvez esta seja a grande chave do
filme “A espuma dos dias”. A espuma que se desfaz rapidamente após grande
abundancia. A espuma cresceu, transbordou, parecia que nunca ia acabar.
Encobriu pecados e desejos, rapidamente revelados com sua fragilidade.
Efêmera....
A grande cena: duas pessoas, um
homem e uma mulher, mas, mais do que qualquer gênero, duas pessoas, lindas,
descobrindo o amor, a complementariedade da vida, sem pressa, sem nada mais do
que as duas pessoas. Um túnel que leva de um lado ao outro e vice-versa.
Atravessa. Os dois se descobrem. Este é o momento. A anulação do tempo, de novo
o tempo. O tempo do poeta, talvez não, o poeta talvez tenha sido apressado ao
declarar a infinitude finita de vários amores sexuais. Não é isso. É muito
mais. Ele diz: “sinto que este é o momento mais importante de minha vida e não
posso errar”. Na resposta leve está toda a (im)possível leveza: “não há
problema em errar, temos toda a vida para acertar”.
Isto.
Leve.
Tudo.
Este texto é sobe dois filmes e o
tempo.
O primeiro, que acabo de pensar
sobre uma cena, fala de leveza, da negação da aflição do tempo que com o tempo
leva cedo uma vida, leve, esmagada pela doença. Um belíssimo e incômodo filme
surreal.
O segundo filme, “Questão de tempo”
(About time) fala do controle do tempo cronológico. Sim, de novo ele, Kronos, o
implacável amigo.
O filme, “About time” nos fala de
forma divertida sobre a possibilidade de brincar com Kronos. Kairós está
ausente. Não fala do tempo subjetivo, de outros tempos vários, fala
simplesmente do implacável Kronos. Sem apelar para recursos tecnológicos, máquinas
do tempo e efeitos especiais, o filme fala dos “homens” de uma família (porque
só os homens também é uma questão esquisita) que podem viajar no tempo
simplesmente indo a um lugar escuro, apertando as próprias mãos e pensando para
onde querem ir no passado.
Primeiro é importante superar uma
questão de gênero. As mulheres não precisam destes recursos, e logo veremos por
que. A questão é que, quando o jovem recebe a notícia do pai de sua herança
mágica este começa a manipular sua história (estória talvez). Volta no tempo
várias vezes até acertar a cantada certa para conquistar seu amor. Volta no
tempo várias vezes até proporcionar a melhor primeira noite para o seu amor.
E........
É isto?
Ele enganou seu amor. Ele não é a
primeira noite perfeita tantas vezes ensaiada. Ele não é o galã que acerta a
cantada na primeira vez. Ele errou sozinho. Aí está a diferença entre a leveza
de errar juntos, sem a obrigação de acertar e o desespero de não errar, o
desespero de não aceitar o erro, de buscar a perfeição que não existe, mesmo
quando se pode manipular o tempo. Manipular o tempo é uma mentira. Encobrir os
erros, errar sozinho para parecer o que não se é, o que não se pode ser.
Melhor a leveza impossível do que a
performance do presente contínuo ou do tempo manipulado. Disto falam os filmes.
Boa reflexão.
1651- O tempo de Aquarius por José Luiz Quadros de Magalhães
AQUARIUS
José Luiz
Quadros de Magalhães
O tempo...tempos de luta e
resistência. Como o filho que resiste ao implacável Kronos, que sem se importar
com nada segue seu caminho implacável, reto, atropelando tudo, ignorando o
mapa, o relevo, aguas profundas ou não. Ele segue. Mas como já nos mostrou
Saramago, Kronos é necessário, pois justamente ao ignorar tudo e todos os
apelos, não se sujeita ao bem nem ao mal. Ele simplesmente segue, e com isto se
afasta do sofrimento prolongado da perda e da doença. Mas seu filho
inconformado com sua dureza, criou um tempo próprio, subjetivo, e permitiu que
outros tempos pudessem ser criados, por pequenos deuses, por grandes lutas, e
por, parece, intermináveis sofrimentos.
Não vamos falar aqui das
intermináveis práticas de prolongamento do sofrimento pela ação objetiva da
ciência nas mãos de pessoas demasiadamente apegadas. Não se trata disto. O filme
Aquarius trás o tempo político, de diversas resistências. Da resistência da
vida contra a implacável lógica do poder do capital (e do Estado ao seu
serviço)
Dois são os momentos políticos do
filme: na década de 1980, uma mulher marcada pela luta contra a ditadura
empresarial militar que se instalou no Brasil em 1964 e a luta contra o contra
o câncer. O outro momento, Clara, nos tempos atuais, e sua luta contra o
sistema político-empresarial que engole a memória e história, com as marcas no
seu corpo da luta contra o câncer.
Dois tempos, duas lutas, duas formas
cruéis de assédio representado na luta de duas mulheres. O filme mergulha na
vida da segunda mulher, Clara, e o tempo presente. Ao dedicar-se a Clara, um
outro personagem ganha vida: a memória. Qual memória é preservada na cidade?
Quais memórias têm o direito de sobreviver em monumentos, objetos, técnicas e
construções na cidade? Porque o novo precisa ser construído sobre a destruição
dos significantes do passado, ou de sua museificação?
Neste momento os conflitos se
desenvolvem no filme: os discos de vinil “superados” pelos CD’s e agora pela
música disponível nas nuvens e novos programas disponíveis na internet. O
objeto físico do passado, a arte da capa, a raridade da gravação, o toque no passado
no contato com o objeto, muitas vezes marcado com letras que não podem mais ser
escritas com a tinta da caneta da dedicatória que ainda não desapareceu,
desaparece mergulhado no tudo disponível incorpóreo das novas tecnologias.
Quantidade, muita quantidade, tanta quantidade que as coisas se perdem, e algo
importante se esconde em meio a toda esta quantidade tecnológica.
Finalmente “Aquarius”. Uma nova era,
tudo por se revelar na era de Aquarius. Quem viu o filme Hair se lembra das
promessas de Aquarius. Mas aquele prédio, memória de uma época que prometia o
novo, é engolido por este novo, diferente daquele que se anunciou. O prédio, o
apartamento, e os objetos de seu tempo, representam sua memória, a memória de um
tempo que não mais interessa às pessoas, levadas no ritmo acelerado do consumo
no ultra capitalismo moderno. Objetos antigos devem ser substituídos, alguns
colocados em museus de memórias de alguns privilegiados. Para a grande parte
das memorias não há museus. Não há mais objetos. O novo se constrói sobre o
tempo presente permanente. A nova onda é viver o presente eterno, desesperados.
A ordem é curtir o presente: o presente contínuo. Na sociedade de ultra consumo
pacotes de curtição (jouissance) são permanente vendidos. Não há mais passado
nem um futuro a partir do passado, passado presente e futuro se misturam em um
novo imperativo do supereu: goze!
Assim o novo, o filho do empresário,
se apresenta para Clara. Muito educado. Muito simpático. Determinado a ignorar
tudo para construir um novo prédio sobre o velho, o jovem empresário faz uma
promessa a Clara: o novo empreendimento, um enorme prédio, a nova forma,
manterá o nome antigo “Aquarius”. A nova era se reciclou. Resignificar
permanentemente, anular o passado e um futuro construído a partir deste passado
é a ordem presente. Isto é o presentismo. A condenação infernal do perpétuo
presente. Cronos e Kairós presos no presente do eterno “non sense” da curtição,
da “jouissance” desesperada. Correndo e fugindo desesperadamente de qualquer
passado e futuro.
domingo, 2 de abril de 2017
1650- Quem deu o golpe na Venezuela?
Quem deu o golpe na Venezuela?
(Ou nada é fácil diante de um cerco implacável)
Gilberto Maringoni (*)
(*) é professor de Relações Internacionais da UFABC (Universidade Federal do ABC), autor do livro “A Venezuela que se inventa”.
Gilberto Maringoni (*)
Há uma luta política duríssima em curso na Venezuela. A suspensão temporária da Assembleia Nacional pela Suprema Corte é sua mais recente e dramática face.
De um lado, há um governo acuado por uma crise econômica causada pela queda dos preços do petróleo, entre 2014-16, pela falta de comando político estável e pelo desaparecimento de sua principal liderança, Hugo Chávez, morto há quatro anos.
De outro, existe uma oposição vitaminada por expressiva vitória eleitoral, em dezembro de 2015, na qual obteve 112 cadeiras contra 55 do governo. Três deputados foram impugnados no estado de Amazonas, sob acusação de fraudes eleitorais.
TOTAL DIFERENÇA
Os três fazem toda a diferença nas votações: com eles, a Mesa de Unidade Democrática (MUD), leque de forças que comanda o Legislativo alcançaria mais de dois terços dos membros da casa, o que lhe facultaria decidir sobre matérias constitucionais.
A disputa se acirrou. No início de janeiro último, os antichavistas alcançaram 106 votos para declarar a vacância da cadeira presidencial, por “abandono do cargo”.
A iniciativa não prosperou por falta de respaldo nos fatos. Nicolás Maduro não teve nenhuma falta da ordem alegada pela coalizão opositora.
As movimentações de tais setores para derrubar o governo agora só podem ser feitas ao arrepio da Constituição. Até abril de 2016 – metade da gestão Maduro – era possível obter tal intento pela via do referendo revogatório, previsto na Carta. A MUD não obteve assinaturas em número suficiente, segundo a Suprema Corte. Se a medida for realizada agora e Maduro cair, quem assume é seu vice, Tareck El Aissami.
Em 6 de janeiro, desafiando a lei, a MUD empossou os três políticos impugnados.
A LETRA DA CONSTITUIÇÃO
A possibilidade de efetivá-los facultaria à oposição encurtar o mandato presidencial, através de emenda constitucional. Mas a posse dos três em si é ilegal.
Para impedir um golpe contra si, Maduro valeu-se de prerrogativas inscritas na Constituição::
“Artigo 335. O Tribunal Supremo de Justiça garantirá a supremacia e efetividade das normas e princípios constitucionais; será o intérprete máximo e último da Constituição e velará por sua interpretação e aplicação uniformes. As interpretações estabelecidas pela Sala Constitucional sobre o conteúdo ou alcance das normas e princípios constitucionais são vinculantes para as outras câmaras do Tribunal Supremo e demais tribunais da República.
Artigo 336. São atribuições da Sala Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça:
- Declarar nulidade total ou parcial das leis nacionais e demais atos com força de lei dos corpos legislativos nacionais que colidam com esta Constituição.
(…) - Dirimir controvérsias constitucionais que possam surgir entre qualquer órgão do poder público”.
A SC apelou à Assembleia Nacional que anulasse a posse dos deputados. Esta não o fez.
Pode-se debater se a medida de suspender a AN foi exagerada ou não. Mas não se pode tirar de vista que a MUD tentou dar um golpe. Diante de tal ilegalidade, o governo apelou à Justiça.
NEOLIBERALISMO OU ESTADO SOCIAL?
As opções colocadas diante da Venezuela não são simples. É possível que o governo perca as eleições presidenciais de 2019. É parte do jogo. Mas, diante do avanço avassalador da extrema-direita no continente, Nicolás Maduro não quer pagar para ver em seu país a concretização de diretrizes econômicas que empobrecem a população, privatizam ativos públicos, retiram direitos dos trabalhadores e tolhem perspectivas de desenvolvimento.
Não se trata de fantasias. É exatamente o que está acontecendo na Argentina, no Brasil, no Paraguai e em Honduras.
Pode-se e deve-se criticar acidamente o atual governo venezuelano por muitas coisas.
Só não se pode condená-lo por lutar como um leão – isolado por um cerco político e midiático no cenário internacional – para manter as conquistas de 18 anos de um processo político que buscou tirar de cena a dinâmica destrutiva do neoliberalismo.
1649- Programa Controvérsia sobre a crise política, social e econômica no Brasil
1649- Programa Controvérsia sobre a crise política, social e econômica no Brasil
69- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-a-destruicao-da-economia-brasileira/
70- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-os-reflexos-da-eleicao-de-trump/
71- https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-o-querem-dizer-os-pequenos-atos-criminosos
72- https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-perda-de-direitos
73- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-governo-temer-e-meritocracia/
74- https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-tentativa-de-emenda-constitucional-e-golpe
75- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-alternativas-de-resistencia-e-transformacao/
69- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-a-destruicao-da-economia-brasileira/
70- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-os-reflexos-da-eleicao-de-trump/
71- https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-o-querem-dizer-os-pequenos-atos-criminosos
72- https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-perda-de-direitos
73- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-governo-temer-e-meritocracia/
74- https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-tentativa-de-emenda-constitucional-e-golpe
75- http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-alternativas-de-resistencia-e-transformacao/
domingo, 5 de março de 2017
1648- Programa Controvérsia: Rádio Sinpro Minas com o professor José Luiz Quadros de Magalhães
Programa Controvérsias com o professor José Luiz Quadros de Magalhães:
1-A convocação de uma Assembléia Constituinte por meio de emenda:
https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-tentativa-de-emenda-constitucional-e-golpe
2-Alternativas para a crise:
https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-alternativas-de-resistencia-e-transformacao-1
3- Direitos das mulheres: ameaças
http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-ameaca-aos-direitos-da-mulher/
4- Resistência e transformação:
http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-ameaca-aos-direitos-da-mulher/
5- A destruição da economia brasileira:
http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-a-destruicao-da-economia-brasileira/
6- Os reflexos da eleição de Trump:
http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-os-reflexos-da-eleicao-de-trump/
1-A convocação de uma Assembléia Constituinte por meio de emenda:
https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-tentativa-de-emenda-constitucional-e-golpe
2-Alternativas para a crise:
https://soundcloud.com/r-dio-sinpro-minas-2/controversia-alternativas-de-resistencia-e-transformacao-1
3- Direitos das mulheres: ameaças
http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-ameaca-aos-direitos-da-mulher/
4- Resistência e transformação:
http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-ameaca-aos-direitos-da-mulher/
5- A destruição da economia brasileira:
http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-a-destruicao-da-economia-brasileira/
6- Os reflexos da eleição de Trump:
http://sinprominas.org.br/radio-sinpro/controversia-os-reflexos-da-eleicao-de-trump/
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
1647- Emir Sader: o novo fracasso do neoliberalismo
Emir Sader: Com Temer e Macri, neoliberalismo torna-se expressão do fracasso
As promessas eram as mesmas de há três décadas: acabar com os gastos inúteis do Estado, com sua administração ineficiente, controlar as finanças públicas como primeira prioridade, retomar a confiança na economia, recuperar o crescimento econômico. No passado, a novidade permitiu que as promessas tivessem duração mais longa: elegeram e reelegeram governos, baseados no controle da inflação, mesmo frente ao processo de estouro da dívida pública, do aumento da desigualdade e da exclusão social.
Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual
Desta vez, no entanto, para conseguirem certo espaço, tiveram de promover o esquecimento da população em relação ao seu fracasso e ao sucesso dos governos que os sucederam. Agiram, assim que Macri e Temer assumiram, repetindo a pantomima do seu surgimento, como se nada tivesse acontecido: nem seu esgotamento, nem o sucesso dos governos que se antepuseram a eles.
Se valeram da recessão econômica internacional e seus efeitos sobre os nossos países, da reiteração da campanha de desestabilização interna promovida pela mídia, das acusações reiteradas de setores do Judiciário e da polícia, concentrados nos governos progressistas, para promover a candidatura do Macri na Argentina, o golpe no Brasil.
Tiveram, para retomar suas políticas, de retomar seus diagnósticos, negados pela realidade recente. O Estado gastou muito, as políticas sociais desequilibraram o orçamento público, a força de trabalho é muito cara, o desenvolvimento gera inflação e assim por diante. E aplicaram seu duro ajuste fiscal, sem aprender nada da realidade, revelando como não tem nada de novo a oferecer. E fracassam de novo.
Bastaram alguns meses para ficar claro que nem na Argentina, nem Brasil, nem um único índice econômico é positivo. A recessão se aprofunda, como efeito do ajuste, e se torna depressão econômica. Não há investimentos novos, ao contrário, há fuga de capitais e aumento da especulação financeira. O desemprego dispara, os salários são comprimidos, a crise social se intensifica, a desconfiança na economia se generaliza, dentro e fora dos países.
Macri e Temer fracassam ao mesmo tempo, nos dois maiores países que se haviam atrevido a ferir preceitos básicos do neoliberalismo. Que haviam provado que é possível crescer, distribuir renda e controlar a inflação. Que é possível recuperar a legitimidade do Estado, com políticas de crescimento e de inclusão social. Que a integração regional e os intercâmbios Sul-Sul são melhores do que a integração subordinada como a do México com os EUA.
Agora a comparação não é com os desenvolvimentos esgotados das décadas anteriores ao surgimento do neoliberalismo, mas com os avanços realizados neste século. Como não sobrevivem a essa comparação, os governos neoliberais promovem o esquecimento na cabeça das pessoas, mas diante da expropriação dos direitos adquiridos, sua luta é vã. Por outro lado, tentam a desqualificação dos principais responsáveis por essas conquistas – Lula e Cristina Kirchner. Tampouco conseguem, como as pesquisas apontam.
Foi um ano de imensos retrocessos para os dois países, como não havia ocorrido desde as ditaduras militares. Só comparáveis com os retrocessos promovidos pelos primeiros governos neoliberais – de Collor e FHC no Brasil, de Carlos Menem, na Argentina. Com a diferença que desta vez o impulso neoliberal tem fôlego muito mais curto e deve ser um parêntesis e não um longo período de retrocessos no Brasil e na Argentina.
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